quarta-feira, 25 de março de 2015

Túlio, o negro. Racismo e um pouco de cotas

Dizer “eu sou negro” pode ser redundante para quem me conhece. Tipo, está óbvio – literalmente, na cara – que eu sou negro. Mas não, não é tão simples assim. Assumir sua ancestralidade (sem os mimimis “mas eu também sou descendente de espanhóis…”) é um ato de fala. Quando eu digo que sou negro, eu assumo uma história, uma realidade um contexto que, por mais que achem que estão longe de mim, estou familiarizado. Portanto, sim, eu sou negro, independente de movimento, partido, direita, esquerda, acima, abaixo, cristão, macumbeiro, etc. (sobre questões religiosas, abordarei em outra postagem).