Oi, Túlio.
Perguntar como você está numa hora dessas vai soar como deboche. Sei que você está passando por momentos difíceis e, na verdade, eu sou a única pessoa que sabe - e sempre saberá - o que passa no fundo do seu coração. Algumas pessoas, principalmente da família, tentarão te convencer que conhecem você mais do que você mesmo. Não acredite nisso.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
Entre panos e festas: sobre apropriação cultural
Este texto faz parte de um série que estou escrevendo sobre racismo e negritude. Confira os outros textos:
Um negro bonito
Túlio, o negro. Racismo e um pouco de cotas
No início deste ano, resolvi renovar o guarda-roupa. Mudar o meu estilo, me vestir melhor, com personalidade. Sempre busquei vestir coisas que, de certa forma, dissessem algo sobre a minha personalidade ou sobre a minha história. Sempre tive vontade de usar um adorno na cabeça, mas nunca tive coragem por uma série de fatores. Foi quando descobri que os turbantes estavam em alta.
Um negro bonito
Túlio, o negro. Racismo e um pouco de cotas
No início deste ano, resolvi renovar o guarda-roupa. Mudar o meu estilo, me vestir melhor, com personalidade. Sempre busquei vestir coisas que, de certa forma, dissessem algo sobre a minha personalidade ou sobre a minha história. Sempre tive vontade de usar um adorno na cabeça, mas nunca tive coragem por uma série de fatores. Foi quando descobri que os turbantes estavam em alta.
terça-feira, 23 de junho de 2015
Um negro bonito
Modéstia a parte, desde pequeno ouço que sou um “negro bonito” (modéstia mesmo, pois quem me conhece sabe que sempre tive autoestima baixa – mas aí é assunto para outra postagem). Eu, naturalmente, adorava – e adoro – receber elogios, por mais que achasse que as pessoas o faziam por educação. Também ouvia com frequência que era um “moreninho bonitinho”, ou “um mulato bonitinho” e, mais raramente – beeeeem raramente – “um negão bonito”. Se o objetivo era me convencer da minha beleza, não acho que tenho surtido efeito.
Marcadores:
beleza,
discriminação racial,
estética,
negros,
racismo
quarta-feira, 25 de março de 2015
Túlio, o negro. Racismo e um pouco de cotas
Dizer “eu sou negro” pode ser redundante para quem me conhece. Tipo, está óbvio – literalmente, na cara – que eu sou negro. Mas não, não é tão simples assim. Assumir sua ancestralidade (sem os mimimis “mas eu também sou descendente de espanhóis…”) é um ato de fala. Quando eu digo que sou negro, eu assumo uma história, uma realidade um contexto que, por mais que achem que estão longe de mim, estou familiarizado. Portanto, sim, eu sou negro, independente de movimento, partido, direita, esquerda, acima, abaixo, cristão, macumbeiro, etc. (sobre questões religiosas, abordarei em outra postagem).
Marcadores:
cotas,
discriminação racial,
negros,
racismo,
universidade
Assinar:
Postagens (Atom)